quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A História do Prateado e do Dourado na F1 (4)...

por Renato Breder

Amigos, Essa é a quarta parte, a década de 80...

1980 – 1989

1980

A Arrows A3, pilotada por Riccardo Patrese e Jochen Mass, era dourada & preta. Foi nesse carro que Mike Thackwell e Manfred Winkelhock fizeram suas estréias na F1. Nos treinos para o GP da Áustria, Mass sofreu um acidente e nem participou do GP. Foi substituído por Thackwell, na Holanda, e por Winkelhock, na Itália.


A Arrows não foi a única nessa temporada...

O outro carro que apresentou dourado em sua pintura foi a ‘Williams FW07B’ de Rupert Keegan, que participou dos 7 últimos GPs da temporada. A pintura de sua Williams lembrava bastante a pintura da Arrows. Só que ela começou dourada e depois amarelou...


Embora não havendo um carro totalmente prateado no grid dessa temporada, o Team Lotus apresentou a bela pintura ‘Essex’, vermelha-azul-prateada, em seus modelos 81 e 81B... foi neste último, inclusive, que Nigel Mansell fez sua estréia no GP da Áustria, em Österreichring.




1981

Carros totalmente prateados ou dourados, nada!

Apenas o Team Lotus apresentou detalhes prateados e dourados – o velho dourado esmaecido - nas várias pinturas de seus, também vários, modelos nesse ano. Foi um ano bem conturbado para a equipe... ano da bela Lotus 88...

Começou com a pintura ‘Essex’, vermelha-azul-prateada, nas 6 primeiras etapas. A partir da 7a etapa, GP da Espanha, voltou a programação visual ‘JPS’ (preta & dourado esmaecido), mas dessa vez com algo novo. Nas laterais dos sidepods, foi mantida a pintura ‘Essex’. Ou seja, prateado e dourado (mesmo desbotado), ainda que apenas em detalhes, “conviveram” num mesmo carro. Ainda houve variações na pintura ‘JPS’, por causa da proibição de propaganda de cigarros em alguns GPs. Na Grã-Bretanha saiu o nome ‘John Player Special’ e entrou o nome ‘Courage’. Na Alemanha, a substituição foi por ‘JP Team Lotus’. A partir da 11a etapa, GP da Áustria, ora a pintura apareceu sem o prateado da ‘Essex’ ora com ele, inclusive num mesmo GP (da Holanda: De Angelis com e Mansell sem)... Além da confusão cromática, pela troca do patrocinador principal da equipe, o Team Lotus ainda trocou de fornecedora de pneus durante a temporada... saiu a Michelin e voltou a Goodyear, que tinha estado em 1980.







Um destaque todo especial para um belíssimo carro que jamais disputou um GP. A Lotus 88, incluindo sua segunda versão a Lotus 88B. Esse carro foi o pivô da discórdia entre o Team Lotus (leia-se Colin Chapman) e a FISA (leia-se Jean-Marie Ballestre), que por sua vez estava em “guerra” com a FOCA (leia-se Bernie Ecclestone). Uma lástima... a politicagem nos privou dessa belezura...

Vale a pena a leitura destes textos sobre a Lotus 88:

1) http://www.grandprix.com/ft/ftpw021.html

2) http://www.f1technical.net/f1db/cars/473/lotus-88






A Arrows trocou o dourado da ‘Warsteiner’ pelo laranjado da ‘Beta Utensili’.

Bom, de dourado mesmo, apenas os detalhes do helicóptero de Didier Pironi... Será que era dele mesmo?




1982

Nada de prateado nesse ano. E apenas o detalhe, outrora dourado, da pintura ‘JPS’ do Team Lotus foi mais percebido. A ‘March 821’ de Emilio de Villota apresentou uns detalhes mínimos em dourado... ele tentou mas não conseguiu se qualificar em 5 GPs.






1983

Dourado, ou quase isso, apenas o detalhe da pintura ‘JPS’ do Team Lotus. O modelo 92, com motor Ford Cosworth aspirado e pneus Pirelli, foi pilotado apenas por Nigel Mansell, nas 8 primeiras etapas. O modelo 93T, com motor Renault-Gordini turbo e pneus Pirelli, apenas por Elio de Angeslis, nas 8 primeiras etapas. 

Na 9a etapa, GP da Grã-Bretanha, o modelo 94T, com motor Renault-Gordini turbo e pneus Pirelli, foi apresentado, e a partir daí, ambos os pilotos usaram esse modelo.





O prateado apareceu na ‘Osella FA1D’, de Corrado Fabi e Piercarlo Ghinzani, apenas na primeira metade da temporada. Mas, mesmo assim apenas um detalhe da pintura, uma faixa à meia altura nas laterais do carro. No modelo ‘FA1E’ da Osella, a faixa prateada desapareceu.





1984

Nessa temporada, apenas a pintura ‘JPS’ do Team Lotus, que lembra o ‘preto & dourado’ que já cobriu a carroceria de seus carros...





1985

Novamente, nessa temporada, dourado “oficial” apenas na pintura ‘JPS’ do Team Lotus. Alguns outros detalhes dourados mínimos, até mesmo invisíveis, em situação normal de corrida, apareceram...






1986

Pela última vez, em sua história, os carros do Team Lotus com a pintura ‘JPS’. E foi o único “dourado” que apareceu na temporada...




... bem, não exatamente... afinal, o nobre John Colum Crichton-Stuart, Earl of Dumfries, “nascido em berço de ouro” e que trazia dourado até em seu capacete, foi o companheiro de equipe de Ayrton Senna. Além dele, em Detroit, apareceu o “Spirit of Detroit”, uma grande escultura em bronze que, em sua mão esquerda segura um “sol dourado” e em sua mão direita segura uma representação “dourada” do povo de Detroit.




1987

Dourado e prateado apenas perifericamente nessa temporada.





1988

Novamente, dourado e prateado apenas perifericamente nessa temporada.





1989

Além do dourado no capacete de Alex Caffi e do prateado no capacete de Alessandro Nannini, o prateado e o dourado, nessa temporada, ficaram restritos aos pódios e seus troféus...


3 comentários:

Ştem Navas, Edğar disse...

Que série fantástica... uma verdadeira viagem no tempo

Anônimo disse...

O helicóptero é do Villeneuve que está lá em cima verificando as hélices

Juanh disse...

Arrows A3, el más bello auto en la historia de la F1.
Al menos para mi gusto.
Abrazos!
http://juanhracingteam.blogspot.com.ar/